Curso de Osciloscópio - Parte 2

2.4 - Controles de atuação horizontal

2.4.1 - Chave seletora de base de tempo
2.4.2 -
Posição horizontal

2.5 - Controles de entrada de sincronismo

2.5.1 -Chave seletora de fonte de sincronismo
2.5.2 -
Chave de modo de sincronismo
2.5.3 - Controle de nível de sincronismo (TRIGGER)

II - ENTRADA DE CONTROLE DO OSCILOSCÓPIO DUPLO TRAÇO

ENTRADA DE CONTROLES VERTICAIS
CONTROLES DE SINCRONISMO
PONTAS DE PROVA

 

I - ENTRADAS E CONEXÕES DO OSCILOSCÓPIO

Existem muitos tipos de osciloscópios. Descrever todos os comandos de todos os tipos de osciloscópios existentes seria inviável. Entretanto, com o conhecimento de alguns controles, que consideraremos como sendo básicos, é possível operar diversos osciloscópios.

A figura abaixo apresenta um modelo de osciloscópio com painel de controle e entradas de sinal em primeiro plano.


Os controles e entradas do osciloscópio podem ser divididos em cinco grupos:

Controle da fonte de alimentação;

Controles de ajuste do traço ou ponto na tela;

Controles e entrada de atuação vertical;

Controles e entrada de atuação horizontal;

Controles de entrada de sincronismo.

2.1 - CONTROLE DA FONTE DE ALIMENTAÇÃO

2.1.1 - INTERRUPTOR

Sua função é interromper ou estabelecer a corrente no primário do transformador de fora. Sua atuação, normalmente, é acompanhada por uma lâmpada piloto que serve de aviso visual sobre a situação do circuito (ligado ou desligado).

Normalmente, este interruptor se encontra acoplado junto do potenciômetro de controle de brilho.

2.1.2 - COMUTADOR DE TENSÃO

Sua função é selecionar a tensão de funcionamento do osciloscópio (127/ 220V). Permite utilizar o instrumento sem a necessidade de recorrer a um transformador abaixador ou elevador de tensão.

2.2 - CONTROLES DE AJUSTE DO TRAÇO OU PONTO NA TELA

2.2.1 - BRILHO OU LUMINOSIDADE

É o controle que ajusta a luminosidade do ponto ou do traço. O controle do brilho é feito por meio de um potenciômetro, situado no circuito da grade de controle do TRC, mediante o qual se regula o potencial desta grade.

Deve-se evitar o uso de brilho excessivo sob pena de se danificar a tela.

2.2.2 - FOCO

 

É o controle que ajusta a nitidez do ponto ou traço luminoso. O ajuste do foco é conseguido mediante a regulagem de um potenciômetro que regula a polarização do eletrodo de enfoque.

O foco deve ser ajustado de forma a se obter um traço fino e nítido na tela.

OBSERVAÇÃO: Os ajustes de brilho e de foco são ajustes básicos que devem ser feitos sempre que se for usar o osciloscópio.

2.2.3 - ILUMINAÇÃO DA RETÍCULA

Permite que se ilumine o quadriculado ou as divisões na tela.

2.3 - CONTROLES E ENTRADA DE ATUAÇÃO VERTICAL

2.3.1 - ENTRADA DE SINAL VERTICAL

Nesta entrada é conectada a ponta de prova do osciloscópio. As variações de tensão aplicadas nesta entrada aparecem sob forma de figura na tela.

2.3.2 - CHAVE DE SELEÇÃO DE MODO DE ENTRADA (CA-CC)

Esta chave é selecionada de acordo com o tipo de forma de onda a ser observada. Em alguns osciloscópios esta chave possui três posições (CA-0-CC ou AC-GND-DC). Esta posição adicional é usada para a realização de ajustes do traço do osciloscópio em algumas situações. Por exemplo: quando se deseja Uma referência na tela.

2.3.3 - CHAVE SELETORA DE GANHO ( V/Div)

Esta chave permite que se "aumente" ou que se "diminua" a amplitude de projeção na tela do osciloscópio (altura da imagem).

2.3.4 - POSIÇÃO VERTICAL

Permite movimentar a imagem para cima ou para baixo na tela . A movimentação não interfere na forma da figura projetada na tela.

2.4 - CONTROLES DE ATUAÇAO HORIZONTAL

2.4.1 - CHAVE SELETORA DE BASE DE TEMPO

É o controle que permite variar o tempo de deslocamento horizontal do ponto na tela.

Através deste controle é possível reduzir ou ampliar horizontalmente na tela a figura nela projetada.

Em alguns osciloscópios esta chave seletora tem uma posição identificada como EXT (externa) o que possibilita que o deslocamento horizontal pode ser controlado por circuito externo ao osciloscópio, através de uma entrada específica. Quando a posição externa é selecionada não há formação do traço na tela, obtendo-se apenas um ponto.

2.4.2 - POSIÇÃO HORIZONTAL

É o ajuste que permite controlar horizontalmente a forma de onda na tela. Girando o controle de posição horizontal para a direita o traço move-se horizontalmente para a direita e vice-versa. Assim como o controle de posição vertical, o controle de posição horizontal não interfere na forma da figura projetada na tela.

2.5 - CONTROLES E ENTRADA DE SINCRONISMO

São controles que se destinam a fixar a imagem na tela. Estes controles são utilizados principalmente na observação de sinais alternados.

Os controles de sincronismo são:

Chave seletora de fonte de sincronismo;

Chave de modo de sincronismo;

Controle de nível de sincronismo.

2.5.1 - CHAVE SELETORA DE FONTE DE SINCRONISMO

Seleciona onde será tomada o sinal de sincronismo para fixar a imagem na tela do osciloscópio.

Normalmente, esta chave possui três posições, pelo menos:

CH1

REDE

EXTERNO

POSIÇÃO CH1: O sincronismo é controlado pelo sinal aplicado ao canal 1.

POSIÇÃO REDE: Realiza o sincronismo com base na frequência da rede de alimentação do osciloscópio (60Hz). Nesta posição consegue-se facilmente sincronizar na tela sinais aplicados na entrada vertical que sejam obtidos a partir da rede elétrica .

POSIÇÃO EXTERNO: Na posição externo o sincronismo da figura é obtido à partir de outro equipamento externo conectado ao osciloscópio. O sinal que controla o sincronismo na posição externo é aplicado a entrada de sincronismo.

2.5.2 - CHAVE DE MODO DE SINCRONISMO

Normalmente esta chave tem duas ou três posições:

AUTO:

NORMAL +:

NORMAL -.

AUTO: Nesta posição o osciloscópio realiza o sincronismo automaticamente, com base no sinal selecionado pela chave seletora de fonte de sincronismo.

NORMAL +: O sincronismo é positivo, ajustado manualmente pelo controle de nível de sincronismo (TRIGGER), de modo que o primeiro pico que apareça na tela seja o positivo.

NORMAL -: O sincronismo é negativo, também ajustado manualmente, entretanto, o primeiro pico a aparecer é o negativo.

2.5.3 - CONTROLE DE NÍVEL DE SINCRONISMO (TRIGGER)

É um controle manual que permite o ajuste do sincronismo quando não se consegue um sincronismo automático. Tem atuação nas posições NORMAL + e NORMAL -.

OBSERVAÇÃO: Para se realizar leituras é necessário sincronizar a figura na tela.

II - ENTRADA E CONTROLE DO OSCILOSCÓPIO DUPLO TRAÇO

O osciloscópio de duplo traço possui alguns controles que são comuns aos dois traços e outros que são individuais. Os controles de brilho, foco, base de tempo e de posição horizontal, são controles que são comuns aos dois traços.

Basicamente, os controles individuais situam-se:

nas entradas e controles do vertical:

nos controles e entrada de sincronismo.

ENTRADAS E CONTROLES DO VERTICAL

Para que se possa observar dois sinais simultaneamente, é necessário que se aplique uma tensão em cada uma das entradas verticais.

O osciloscópio duplo traço dispõe de dois grupos de controles verticais:

Um grupo para o canal A ou canal 1 (CH1):

Um grupo para o canal B ou canal 2 (CH2):

Cada grupo controla um dos sinais na tela (amplitude, posição vertical, etc). Geralmente são iguais. Cada canal dispõe de:

Entrada Vertical:

Chave Seletora CA-O-CC:

Chave Seletora de ganho vertical (D/Div):

Posição vertical.

Um osciloscópio de duplo traço pode ainda ser utilizado como sendo um osciloscópio de traço simples. Uma chave seletora permite que se possa selecionar cada canal individualmente ou os dois simultaneamente. Esta chave possui pelo menos três posições:

CH1;

CH2;

DUAL.

Na posição CH1 aparecerá apenas a imagem na tela que estiver sendo aplicada na entrada vertical do canal 1.

Na posição CH2 aparecerá apenas a imagem na tela que estiver sendo aplicada na entrada vertical do canal 2.

Na posição DUAL aparecem as duas imagens.

Em osciloscópios mais sofisticados, esta chave pode possuir mais posições de modo a permitir outras alternativas de uso.

CONTROLES DE SINCRONISMO

Realizam as mesmas funções do osciloscópio traço simples que é a de fixar a imagem na tela. O que diferencia é o fato de que na chave seletora de fonte existe uma posição adicional de modo a poder sincronizar a figura.

PONTAS DE PROVA

As pontas de prova são utilizadas para interligar o osciloscópio aos pontos de medida.


Uma das extremidades da ponta de prova é conectada a uma das entradas do osciloscópio através de um conector e a extremidade livre serve para conexão aos pontos de medida.

A extremidade livre possui uma garra jacaré, denominada de terra da ponta de prova, que deve ser conectada ao terra do circuito e uma ponta de entrada de sinal, que deve ser conectada no ponto que se deseja medir.

Existem dois tipos de ponta de prova:

ponta de prova 1:1;

ponta de prova 10:1.

A ponta de prova 1:1 se caracteriza por aplicar à entrada do osciloscópio a mesma tensão ou forma de onda que é aplicada a ponta de medição.

A ponta de prova 10:1 entrega ao osciloscópio apenas a décima parte da tensão aplicada a ponta de medição. As pontas de prova 10:1 permitem que o osciloscópio consiga observar tensões dez vezes maior que a sua capacidade. Por exemplo: Um osciloscópio que permite a leitura de tensões de 50V com ponta de prova 1:1, com ponta de prova 10:1 poderá medir tensões de até 500V (10x50V). Existem pontas de prova que dispõe de um botão onde se pode selecionar 10:1 ou 1:1.

Obs: Quando não se tem total certeza da grandeza da tensão envolvida é aconselhável iniciar a medição com o posição 10:1.

Fonte: http://www.del.ufms.br
REALIZAÇÃO: Grupo P.E.T.
Engenharia Elétrica

 

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