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Os sensores
ou transdutores indutivos associam a variação de uma
grandeza não eléctrica a uma alteração da indutância
ou coeficiente de auto-indução de uma bobina. Apesar de
a indutância de uma bobina ser uma função da
permeabilidade magnética do núcleo e da forma e
dimensões físicas respectivas, é a primeira destas
variáveis que geralmente se utiliza para detectar as
variações nas grandezas a medir. A variação da
indutância é uma consequência da variação do fluxo
magnético total gerado pela corrente eléctrica na
bobina, seja devido à variação da posição do núcleo
no interior, seja devido à variação da distância
entre aquela e um objecto externo constituído por uma
material de elevada permeabilidade magnética. Hoje em dia existe uma relativa variedade de
sensores indutivos, principalmente de deslocamento, de
proximidade e de pressão. Na Figura 8.15 consideram-se
os exemplos de dois transdutores indutivos de
deslocamento e de proximidade. O sensor em (a) é
constituído por uma bobina cujo núcleo magnético é
móvel e se encontra fisicamente ligado ao objecto cujo
movimento ou posição se pretende medir. O deslocamento
do núcleo altera o fluxo magnético total desenvolvido,
neste caso por variação da relação entre o número de
espiras enroladas sobre o núcleo magnético e sobre o
ar. Um outro exemplo de sensor indutivo é o detector de
proximidade ilustrado na Figura 8.15.b. Neste caso, a
indutância da bobina é alterada por efeito da
aproximação ou afastamento do objecto cuja proximidade
se pretende detectar, objecto que regra geral é
constituído por um material de elevada permeabilidade
magnética. A maior ou menor proximidade do objecto tem
consequências sobre o fluxo magnético total
desenvolvido pela corrente na bobina, que equivale ao
coeficiente de auto-indução respectivo.

Figura 8.15
Sensores indutivos de deslocamento (a) e de proximidade
(b)
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