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As fontes
são componentes de circuito capazes de colocar em
movimento cargas eléctricas. Uma vez em movimento, as
cargas podem ser levadas a superar diversos e
variadíssimos obstáculos, como por exemplo
resistências, que lhes impõem um limite máximo à
velocidade, condensadores, que as acumulam, díodos, que
implementam válvulas unidireccionais, transístores, que
implementam uma torneira que abre, fecha ou modula um
caminho ao fluxo de corrente, etc. As fontes e os
obstáculos designam-se genericamente por componentes dos
circuitos, atribuindo-se o nome de circuito eléctrico,
ou de rede eléctrica, ao conjunto dos componentes
interligados com um fim determinado. Apesar de existir uma enorme variedade de
componentes de circuito, pode identificar-se um conjunto
restrito de elementos cuja funcionalidade eléctrica é
verdadeiramente fundamental. São eles, a saber: a
resistência, o condensador e a bobina, por um lado, e as
fontes independentes e dependentes de tensão e de
corrente, por outro. Estes elementos permitem por si só
modelar o comportamento eléctrico dos dispositivos
electrónicos.
A análise de um circuito eléctrico
comporta três tarefas essencialmente distintas: a
imposição da característica tensão-corrente de cada
elemento, a imposição de um conjunto de leis ao nível
da rede de elementos (leis de circuito) e, finalmente, a
resolução conjunta das equações. Exemplos de
características tensão-corrente são a Lei de Ohm, v=Ri,
e a relação i=Cdv/dt do condensador. Por outro
lado, leis de circuito são as duas Leis de Kirchhoff,
das correntes e das tensões. Tendo em mente estes três
passos, o presente e os capítulos seguintes serão
dedicados à apresentação das características
tensão-corrente das fontes e dos elementos resistência,
condensador e bobina, bem como das Leis de Kirchhoff e
das metodologias de análise sistemática do conjunto de
equações resultante.
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